Desde o início de 1810 que a propriedade tem permanecido na nossa família, sobrevivendo com resiliência ao longo de dois séculos através de um contexto político em mudança e quando, nos anos 80 e 90, muitos das vinhas e terras agrícolas algarvias se perderam graças ao boom do turismo.

Chegou-nos em 2017 da nossa mãe Teresa Pereira Caldas de Vasconcellos (1941-2017), uma artista contemporânea e professora universitária que através da sua exploração criativa aperfeiçoou uma profunda ligação à terra. Durante os 200 anos anteriores, o Morgado do Quintão passou pelas mãos de mais de quatro gerações, cada uma das quais deixou a sua marca única na propriedade e preparou o caminho para a seguinte.

Os nossos antepassados plantaram não só as vinhas mas deixaram também um importante legado no Algarve, que, ao longo de dois séculos de evolução industrial e agrícola, proporcionou emprego a centenas de pessoas, muitas das quais fizeram parte da propriedade durante décadas. 

Foram estes antepassados que desempenharam um papel relevante na formação da economia da região através do seu espírito empreendedor no vinho e na agricultura, bem como nas indústrias da cortiça, pesca e conservas, usando a sua influência para patrocinar iniciativas filantrópicas e sociais e fornecendo financiamento para hospitais e escolas para apoiar as comunidades algarvias. Hoje, esforçamo-nos por continuar o trabalho nos nossos próprios projectos na região e para além dela.

Agarrando uma oportunidade, e respondendo a um apelo das velhas vinhas, em apenas quatro anos passámos de 2.000 para 20.000 garrafas produzidas anualmente. Hoje, a nossa vinificação está profundamente enraizada na nossa tentativa de mostrar a riqueza do terroir do Algarve e para marcar a sua identidade na produção de alguns dos vinhos mais apreciados da região.

Para além das vinhas, olivais e amendoal da propriedade, também abrimos os nossos portões a pessoas de todo o mundo para permanecerem nas nossas antigascasas nas vinhas caiadas do branco típico do Algarve.

Convidamo-los a sentarem-se àmesa dos agricultores e a provar as nossas colheitsa para que provem a nossa história em primeira mão e ajudem a contribuir para o nosso futuro, para que possamos trazer uma luz diferente de volta ao Algarve do vinho, protegendo o património da propriedade e mesmo a região, para que cada um possa prosperar por muito mais gerações vindouras.